INNER SENSE

A ausência de evidência não é a evidência de ausência.

“A ausência de evidência não é a evidência de ausência.”  As evidências prescindem de provas: tem-se certeza mesmo sem contar com provas objetivas. A evidência demonstra, revela.  Quando não evidenciamos alguma coisa não quer dizer que ela não exista; nesse ponto falamos de pesquisa, investigação. As evidências científicas são resultantes de tendências apontadas por estudos realizados por especialistas sobre um determinado assunto.  A importância de estudarmos, pesquisarmos, nos atualizarmos, traz maior segurança numa aula, maiores possibilidades de uma condução assertiva e de ampliar o leque de caminhos. Nem sempre uma pessoa que traz um sintoma, a causa deste é a sua verdadeira questão. Nem sempre um sintoma apresentado por uma pessoa tem uma causa evidente: essa é a questão.  Em todas as 24 textos do Caderno Corporal (esse é o de número 25) buscamos despertar reflexões sobre o nosso corpo e todo esse universo que é o ser humano e sua relação com o outro, nossa sociedade e suas nuances. Como instrutor do Inner Balance/profissional do movimento, quais as evidências você procura quando um aluno(a) apresenta determinado sintoma?  Essa pergunta diz muito sobre sua postura, sobre o que te faz acreditar numa abordagem, numa técnica, num tratamento. Você é daqueles que se debruça sobre os livros e busca respostas neles? Ou é alguém que vai a campo e observa para depois investigar? Conservador ou revolucionário? Concreto ou abstrato? Reconhecer-se neste processo é importante para o desenvolvimento profissional. Todo processo criativo e inventivo é muito subjetivo; conhecer nossa forma de agir no campo de pesquisa e na vida nos auxilia a direcionar nosso trabalho frente às demandas que nos são apresentadas.  Para realizarmos uma avaliação do nosso aluno, utilizamos instrumentos, de preferência traduzidos e validados. Devemos realmente conhecer esse instrumento (um questionário, um exame específico) que deve servir para o seu questionamento e avaliação. Exemplo: você quer medir a força muscular e para isso deve saber o objetivo do instrumento, sua base teórica, como é aplicado e para que é indicado e também , realizar a mesma avaliação pré e pós intervenção, para ser conciso. Na pesquisa científica existem muitas normas e padrões a serem seguidos, e a validação dos instrumentos de avaliação são imprescindíveis. Temos vários tipos de validação, mas é necessário a nossa responsabilidade para realizar essas avaliações e medidas, que devem ter confiabilidade, estabilidade, consistência, equivalência, validade em diferentes aspectos. Salientamos que não é somente para pesquisadores que estamos aqui falando, mas para a prática clínica e avaliações de saúde.  Com respeito a frase “Ausência de evidência não é evidência de ausência”, o nosso objetivo foi despertar a reflexão sobre investigar nossas dúvidas e questionamentos. Sendo assim, não leve o aspecto científico para um local só para quem faz pesquisa, somos todos pesquisadores do movimento. O exercício de se colocar como pesquisador pode ser um lugar interessante no nosso fazer diário. O Inner Balance valoriza a pesquisa, interessa ao método ampliar os horizontes; quanto mais nos aprofundamos poderemos abrir espaços e questionamentos por caminhos inimagináveis. Poderemos trazer à luz da ciência as práticas que utilizamos, mas que ainda não foram comprovadas cientificamente.  A ciência requer coragem? Sim, no mínimo, a coragem de questionar a sabedoria convencional, sair fora da “caixa”. Isso é muito rico. Se você tem interesse, gosta e tem afeto pelo olhar investigativo, o Inner é para você! O método está de portas abertas àqueles que têm interesse pelo estudo do movimento do corpo e tudo que concerne a ele.  O caderno corporal é um espaço de leitura criado para despertar reflexões acerca do corpo, sobre o universo que é o ser humano, a sua relação com o outro, com a sociedade, com o trabalho e o estar no mundo. Gratas pela companhia nessa vigésima quinta edição do Caderno Corporal. Referências consultadas https://www.scielo.br/j/ress/a/v5hs6c54VrhmjvN7yGcYb7b https://quoteinvestigator.com/2019/09/17/absence/#more-436457 https://www.instagram.com/tv/CfMPI-9qmgP/?igshid=YmMyMTA2M2Y= A ciência e a clínica no aspecto da suplementação – Lisandro Cesi      

INNER SENSE

Você tem fome de quê? 

“Não devemos parar nossas explorações, e o final de todas as explorações será a chegada ao ponto onde começamos a ver o lugar pela primeira vez”.  Stephen Covey   Um mestre Hindú em uma roda de conversa onde todos estavam em busca de aprenderem sobre como viver melhor e sobre como realizar as coisas da vida, pergunta: você já sentiu fome? As pessoas se entreolharam e perguntaram — o que tem essa pergunta a ver com o que viemos fazer aqui? O mestre continua… um dia, dois, três, quatro dias em jejum leva-nos a gastar energia com coisas que verdadeiramente importam. Segundo este mestre, uma vez com fome valorizamos o alimento que está na nossa frente; torna-se claro para nós a importância deste alimento e assim o degustaremos com sabedoria percebendo a cor, o sabor e as qualidades nutritivas deste alimento. Mas, se ao contrário, se durante todo tempo estamos a comer qualquer coisa, petiscando, nos empanturramos e corremos o risco de passar do ponto, de ficarmos cheios, mas sem nutrição e também não valorizarmos o alimento que nos é oferecido. O mestre fez a correlação da comida com os desejos e aspirações que nos movem, onde depositamos nossas energias de trabalho e o movimento da vida. Muitas vezes em função do corre corre diário não temos tempo para fazer nada. O mundo o tempo todo nos convida a petiscar; se pudéssemos fazer jejum de informações, talvez pudéssemos ser menos influenciados e mais autênticos com os nossos quereres. O quanto você deseja algo de fato? O quanto tem petiscado em lugares que tiram o foco do que realmente importa? Você está gordo de tantas informações? O que tem feito com esta gordura? Ela transforma a sua vida e a dos outros? Como colocar em prática as informações recebidas? Como está o seu tempo para o exercício da criatividade e a fruição? Você sabia que dentro da rede tem espaço para você pensar e desenvolver suas ideias e desejos? Desenvolvido pela Inner de base Giovanna Marqueli, o programa de estágio Inn Formação foi pensado para auxiliar você instrutor a descobrir seu espaço de atuação. O que te inspira, o que você tem vontade de pesquisar e colocar no mundo?  Você já parou para pensar que muitas horas da vida são dedicadas aos afazeres laborais? Assim sendo, não seria interessante e motivador passar estas horas fazendo o que se gosta? Então deixamos para você algumas perguntas para reflexão: o que te fez escolher ser um profissional do movimento somático? E como profissional do movimento, você é aquele que se debruça nos livros em busca de respostas para questões que surgem na sala de trabalho ou é aquele que vai experienciar, observar? É conservador ou revolucionário no seu modo de propor o movimento? Você consegue reconhecer no seu processo a sua forma de atuar no mundo e profissionalmente? Saber desses lugares nos auxilia a dar continuidade aos processos de realização profissional. Uma dica interessante para você descobrir o que te inspira é buscar na memória o que gostava de fazer quando criança. Nesta fase do livre brincar experimentamos com liberdade nossos dons inatos; revisitar a infância pode ser um lugar de potência para redirecionar desejos e aspirações.  O caderno corporal é um espaço de leitura criado para despertar reflexões acerca do corpo, sobre o universo que é o ser humano, a sua relação com o outro, com a sociedade, com o trabalho e o estar no mundo.   Gratidão por nos acompanhar!    Referências consultadas https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4134716/mod_resource/content/1/Os_7_Ha%CC%81bitos_das_Pessoas_Altamente_Eficazes-Stephen_Covey.pdf https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/58/o/Por_Que_Fazemos_O_Que_Fazemos__-_Mario_Sergio_Cortella.pdf https://youtu.be/XcXoASjAcBk