Biomecânica – O Paradigma Oposto da Biotensegridade!

A biomecânica clássica tradicionalmente ensina e analisa o corpo humano. No entanto, e se essa visão não representasse com precisão a realidade do movimento humano? Leia abaixo mais sobre a biotensegridade um modelo oposto da biomecânica e propõe um olhar mais holístico e integrado.

 A Mudança de Paradigma no Movimento

A biomecânica clássica influenciou amplamente a compreensão do corpo humano ao longo da história, que interpreta o movimento a partir de conceitos de alavancas, forças e vetores. Esse modelo tem sido a base do ensino acadêmico e da prática clínica em diversas áreas da saúde e do movimento. Contudo, pesquisas recentes sugerem que essa abordagem pode ser limitada ao tentar explicar a complexidade da locomoção, da adaptação e da resiliência estrutural do corpo humano.

Dessa forma, surge uma questão importante: e se o movimento não pudesse ser plenamente compreendido apenas por essas leis mecânicas tradicionais? E se o corpo não operasse como um sistema de alavancas rígidas, mas sim como uma estrutura dinâmica e adaptativa?

Neste contexto, entra o conceito de biotensegridade, uma perspectiva que propõe uma visão mais integrada da biomecânica humana. Desenvolvida pelo Dr. Stephen Levin, a biotensegridade sugere que o corpo não é um conjunto de segmentos ósseos conectados por articulações estáveis, mas sim uma rede contínua de tensões e compressões distribuídas por todo o corpo. Ou seja, esse conceito traz uma nova ótica de entendimento do corpo e suas relações.

Além disso, estudos recentes em fáscia, neurociência do movimento e reabilitação têm reforçado a validade desse modelo, podendo transformar nossa compreensão sobre dor, desempenho motor e recuperação. 

Biomecânica: A Visão Tradicional do Movimento

A biomecânica clássica baseia-se na ideia de que o corpo humano funciona como um sistema de alavancas rígidas interligadas por articulações, onde cada segmento é tratado de maneira isolada. Por exemplo, nesse modelo, os ossos representam as alavancas, as articulações funcionam como pontos de apoio e os músculos atuam como fontes de força para gerar movimento.

Em geral, essa abordagem tradicional tem sido predominante no ensino e na prática de disciplinas como fisioterapia, Pilates, dança e educação física. A análise do movimento se concentra na aplicação de forças externas, como a gravidade e a reação do solo, que influenciam a dinâmica corporal.

Por outro lado, esse modelo segmentado tem sido predominante no ensino e na prática de disciplinas como fisioterapia, Pilates, dança e educação física. A abordagem tradicional enfatiza a correção postural, a estabilização de articulações e a execução de movimentos isolados para fortalecimento muscular. No entanto, essa visão mecânica pode ser insuficiente para explicar fenômenos como adaptações fasciais, interações dinâmicas entre tecidos e a capacidade do corpo de se reorganizar de maneira não linear em resposta a estímulos internos e externos.

Biotensegridade: Um Novo Olhar para o Corpo e o Movimento

A biotensegridade é um modelo que redefine a compreensão do corpo humano, descrevendo-o como um sistema integrado de tensão e compressão, onde todas as partes estão interligadas e trabalham em conjunto para distribuir forças de forma equilibrada (Levin, 1982). 

Em outras palavras,  o corpo humano é um sistema interconectado, no qual a dinâmica do movimento emerge da interação entre seus componentes.Vapp Van der Wal (2009). 

Nesse sentido, essa perspectiva está diretamente alinhada com os princípios da biotensegridade, que considera a distribuição das forças como um processo global, e não restrito a elementos individuais.

Graham Scarr (2018) define a biotensegridade como “um princípio estruturante que explica como os sistemas biológicos se organizam a partir de um equilíbrio dinâmico entre tensão e compressão, garantindo estabilidade e mobilidade simultaneamente”. Portanto, essa perspectiva revolucionária propõe que a estabilidade do corpo não depende de segmentos rígidos apoiados em pontos fixos, mas sim da distribuição eficiente de forças ao longo da rede fascial e estrutural do organismo.

Além disso, a fáscia nesse contexto funciona como uma matriz de conexão que distribui forças pelo corpo e permite uma organização eficiente do movimento. Estudos recentes (Schleip et al., 2012) demonstram que a fáscia não apenas fornece suporte estrutural, mas também influencia na propriocepção e na capacidade de absorver impactos.

Os principais benefícios dessa abordagem incluem:

  • Melhor absorção de impacto: A distribuição uniforme das forças reduz o estresse localizado nas articulações e tecidos.
  • Distribuição equilibrada das cargas: O corpo trabalha como um sistema coeso, evitando sobrecargas em regiões específicas.
  • Movimento mais econômico e fluido: A eficiência da transferência de energia melhora a performance e reduz o gasto energético desnecessário.

Comparação Entre Biomecânica e Biotensegridade

Para facilitar o entendimento, veja a tabela comparativa entre as duas abordagens:

 Conectando a Biotensegridade ao Inner Balance 

O Inner Balance estuda e está dentro da comunidade internacional de biotensegridade  e utiliza dessa ciência como base de pesquisa para sua metodologia.Dessa maneira, integra percepção corporal, neurociência do movimento e estudo do comportamento biológico na educação somática.

Com isso, esse modelo permite que os profissionais do movimento compreendam o corpo ampliando as possibilidades de facilitar movimento e obtendo mais resultados.

Assim, ao aplicar a biotensegridade na prática, os profissionais conseguem promover uma experiência de movimento mais fluida, leve e eficiente. Isso impacta diretamente na performance, prevenção de lesões e reabilitação, permitindo que os indivíduos desenvolvam maior consciência corporal e controle motor.

Por fim, essa abordagem transforma a maneira como se ensina e pratica o movimento, proporcionando resultados mais eficazes e sustentáveis. 

Formação de Instrutores Inner Balance: Aplicação Prática

A Certificação de Instrutores Inner Balance (CIB) ensina profissionais a aplicarem a biotensegridade na prática. Os participantes aprendem a enxergar o corpo de forma integrada e funcional, desenvolvendo habilidades que vão além da abordagem mecânica tradicional.

Diferenciais da CIB:

  • Formação baseada na biotensegridade.
  • Métodos inovadores de percepção e reeducação do movimento.
  • Aplicação prática para fisioterapeutas, instrutores de Pilates, dança e demais áreas do movimento.

 Em Resumo

A biotensegridade revoluciona a maneira como entendemos o corpo e o movimento, indo além do modelo tradicional da biomecânica. Com isso, o Inner Balance desenvolve uma metodologia baseada nessa ciência, proporcionando uma prática mais eficiente e consciente.

Se você é profissional do movimento e deseja aprofundar seus conhecimentos, a Certificação de Instrutores Inner Balance (CIB) é o caminho para transformar sua atuação e potencializar seus resultados.

👉 Conheça a Certificação de Instrutores Inner Balance AQUI

Mais
artigos